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Bruno Castro - 19 Anos. Formação Técnica Administrativa.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

A síndrome do “não compensa”

Boa Noite Galera !

   Tive a oportunidade de ler o post de uma história escrita e adaptada por Renato Grinberg, que chamou muito minha atenção.Adaptada do livro “A Estratégia do Olho de Tigre.”.

    Em momentos da vida passamos pela fase do “Ah, isso não compensa”.
Quer ver um exemplo?  “Eu, me sujeita a um emprego deste? To fora, não compensa ” ; “ Bater até lá pra ganhar “x” salário? Ah isso não compensa”.
    É caros leitores a vida nos reserva cada surpresa, onde o desfecho da historia passa longe de um  Final Feliz.


            Jonathan nunca parava em nenhum trabalho, apesar de ter excelente formação cultural, por sempre ter estudado em bons colégios. A faculdade que cursou não era a melhor, mas para um curso de administração também não era das piores. Ele vinha de uma família de classe média alta e, mesmo com 30 anos, ainda morava com os pais. Na cultura brasileira isso é até aceitável; nos Estados Unidos, se você ainda mora com os pais aos 25 anos, já é considerado um grande looser. Contudo, o fato de ainda morar com os pais não era o verdadeiro problema. O mais preocupante é que, aos 30 anos, ele nunca tinha parado mais do que seis meses em emprego nenhum. Já tinha trabalhado em quatro ou cinco empresas, mas, reunindo toda sua experiência nessas empresas, não somava mais que dois anos.
Também tinha tentado alguns negócios em sociedade com amigos, mas nada deu muito certo. Quando conversava sobre sua situação profissional com amigos ou parentes, ele sempre falava que estava complicada. Que o mercado estava difícil, que, mesmo tendo feito algumas entrevistas, não estava encontrando “nada decente”. Sempre que lhe perguntavam o que acontecia em seus empregos, o padrão de respostas era o mesmo:
            — Eu ficava me matando de trabalhar e não era valorizado. Não compensava. Ou então ele alegava que enfrentava um trânsito infernal para chegar à empresa X, pois era muito longe de sua casa. Portanto, não compensava. Na empresa Y, teria de se sacrificar por muitos anos até ter um cargo razoável. Portanto, não compensava. Em outras, as funções que lhe passavam, em suas próprias palavras, “eram ridículas; eu tinha capacidade para muito mais”. Portanto, não compensava.  Quando lhe indagavam sobre a possibilidade de fazer qualquer trabalho, mesmo que fosse trabalhar temporariamente em uma loja ou algo do tipo, até aparecer uma oportunidade melhor, sua resposta era... (bem, você já sabe, certo?). Por sua família ter uma condição financeira favorável, ele acabava “empurrando com a barriga” essa situação, pois não precisava necessariamente trabalhar para sobreviver.
Certo dia tudo mudou na vida dele. Foi convidado para ser o diretor de uma grande multinacional com um salário astronômico em um trabalho que tinha pouca pressão e com um detalhe: a empresa ficava a apenas dois quarteirões da sua casa. Então... Ops, parem as máquinas!
            Será que foi esse mesmo o fim da história? Claro que não. Se você não estranhou a sequência, muito cuidado, pois a síndrome do “não compensa” pode tê-lo contaminado. Esse é apenas o final imaginado por quem sofre desse mal. O final verdadeiro é bem diferente e totalmente esperado. Jonathan está com mais de 40 anos, continua esperando que aquela grande oportunidade apareça e, claro, continua morando com os pais. E vai continuar lá, até que seus pais olhem para aquele quarentão no sofá e digam: — Isso sim é que não compensa!
            O grande erro cometido por Jonathan e por muitas pessoas em busca de “seus sonhos” foi encarar as chances que teve como se já devessem ser seu objetivo final. Essa comparação é fatal, pois inevitavelmente causará frustração. Potenciais oportunidades devem ser encaradas como fases de um processo que deve levar a um objetivo. É ótimo quando descobrimos atalhos, mas Jonathan queria pular todas as fases e sair diretamente do sofá de sua casa para o emprego dos seus sonhos.  Isso simplesmente não vai acontecer.               Não importa o tamanho da oportunidade — o que importa é se ela está na direção dos seus objetivos ou não. Uma oportunidade, que aparentemente pode ser insignificante, na direção de seus objetivos vale muito mais do que uma “grande” oportunidade em outra direção.

Quer saber mais sobre  Renato Grinberg? Acesse http://www.renatogrinberg.com.br/

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